segunda-feira, 9 de julho de 2012

Às margens do Rio Itaparica (BA)

"Carlinha, vamos acampar pertinho de Paulo Afonso? Nas margens do Rio Itaparica. A gente vai amanhã e volta só no domingo que vem." Fui acordada assim pelo meu pai em uma manhã de julho (de 2010). E eu que nem gosto de uma farra, topei na hora. Abandonei todas as programações de férias para aquela semana, inclusive formaturas de amigos próximos e fui, fomos. 

estrada

A viagem de carro durou em média 8hs, saindo de Recife. No caminho, passamos pela ponte do Riacho do Navio e eu, claro, fiz parar o carro pra tirar foto e fiquei o resto da viagem cantando a música. Chegando em Paulo Afonso, fizemos o passeio clássico pelas hidroelétricas e tirei mil fotos com o Rio São Francisco, e, também, da ponte que Nazaré pulou, no final de A senhora do destino. Eu não ví essa novela, mas falaram tanto...
 
meu visú por uma semana


Dormimos o primeiro dia na pousada Energia que fica no Centro de Paulo Afonso (R$120 a diária) e no outro dia, logo cedo, seguimos viagem para as barragens de Itaparica. O caminho é árido, mas um árido bonito. Passamos por uma plantação imensa de melancia e levamos algumas. Demoramos umas duas horas pra chegar até o destino final.
 
A vista da nossa barraca


Chegamos, armamos as barracas e aproveitamos pra ver o que tem de mais bonito por lá: o pôr-do-sol. Não existe igual ao do Sertão, já dizia o poeta. O clima lá é assim, de dia um sol danado, daquele sol vadio que engana e queima a pele sem dó e a noite trata logo de compensar com um friozinho gostoso (parecido com Garanhus (também em Pernambuco), saía fumacinha e tudo). E tivemos uma sorte feliz: Chegamos junto com a lua cheia, ai imagina,né? Churrasquinho, fogueira, vinho, batida de maracujá... Vale salientar que lá não tem energia elétrica e o celular só pega embaixo de uma árvore específica e olhe lá. Foi tudo à base de um isopor gigante cheio de gelo. A graça era tomar banho no rio à noite, com a luz da lua clareando tudo, cristalizando, espelhando a água.
 
cozinhando o peixe que pescamos


Além da vista, a gente pescava, tomava banho de rio (mega cristalino), ouvia as histórias e poesias de seu Manuel (Ai já é conversa pra outro texto), chegamos a ver o parto de uns bezerrinhos, escrevi muito, conversava potoca, andava de barco, fazia as necessidades lá pra longe (essa parte era a mais complicada, porque eu sou cheia de frescura pra ir no banheiro, mas no segundo dia eu já tava a melhor amiga do machado que a gente usava para facilitar o "enterro" do dito cujo).
 


A viagem foi linda e contou com a presença do meu pai, a mulher dele (na época grávida de 7 meses do meu irmão Arthur), Sofiazinha com um ano (primeiro acampamento dela!!!), minha tia e o marido dela. Além da presença dos nativos que por alí estavam.


tranquilidade que vem da alma

E os dias se passaram assim: vida mansa, sombra e água fresca: como diz o ditado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário